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segunda-feira, 12 de maio de 2014

VIDA CINZA?



Quem acompanha minhas postagens e principalmente quem leu meu livro sabe que sou a favor do trânsito livre na área gastronômica, como parte da celebração inerente à saúde social. Somos seres tribais, e comungar dos pratos da nossa e de outras tribos faz parte do bem estar coletivo. 
O problema é que as pessoas muitas vezes suportam o seu dia a dia cinzento, e acham que para colorir sua vida são necessários excessos .
O que poderia ser um prazer a mais nas festas, viagens , finais de semana ou mesmo à noite após o trabalho torna-se um padrão de "forra" aos sacrifícios sofridos na sentença semanal. Eu mereço, depois de tudo que passei, blablabla...
A repetição dessa rotina calibra o cérebro para a seguinte percepção:
A vida é chata e cinza, mas tem horas em que , através excessos químicos, banho meu cérebro com dopamina e serotonina, e aí sim sinto prazer e vejo as cores que antes não enxergava.
Nos dias subsequentes, esse prazer pode se transformar em culpa, ressaca, e lentamente tornar a pessoa obesa, diabética, hipertensa, dislipidêmica, com problemas osteoarticulares, hepáticos, renais.
Nem só de comida vive a dopamina e serotonina cerebral, então não excluamos outras compulsões com esse efeito cerebral : Jogo, sexo, álcool, drogas, compras...

Quanto mais açúcar e tempero sua vida precisar para ser saboreada, mais amarga e insossa ela na verdade é.

Gratidão, honestidade, solidariedade, compaixão, humildade, honra, só para citar alguns valores, são "temperos" que , exercitados diariamente, darão cor a qualquer vida cinza, que então não precisará mais recorrer aos excessos na busca de matiz, sentido, motivação.
O pão metafórico, que alimenta sem engordar, sacia e dá sentido a vida . não é integral , branco, com ou sem glúten.
Seu ingrediente ?
100% amor.